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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

XIII Retiro da Aliança - Por Léo Figueiredo


Lembro-me que durante o Retiro, Thiago Bruno Pinheiro me pediu pra escrever um texto que falasse um pouco do mesmo. Durante a viagem de volta à Natal refleti no assunto e pensei: "por que não?". Não sei se ficou bom, mas aí vai: 


O OLHAR DE UM NOVO CONVERTIDO


Certas pessoas acreditam que é possível criar ordem a partir do caos. Confiam na esperança de que tudo pode dar certo enquanto o mundo insiste em dizer o contrário. Depositam sua fé em Deus na tentativa de vislumbrar uma alternativa que purifique e acalme o coração dos aflitos. Lamento decepcionar os incrédulos, mas fui testemunha de que tal façanha não é um mito. 

A notícia não poderia ter sido pior: a probabilidade do XIII Retiro da Igreja Cristã Eterna Aliança não acontecer. O inevitável pânico se espalhou e logo foi substituído pelo desânimo porque, afinal, quem ficaria satisfeito em trocar quatro dias aproveitando a beleza do mar quando na verdade a última – e única - opção era permanecer dentro da cidade?

Mesmo estando longe, fiquei preocupado. Com apenas dois meses de convertido, o Retiro seria uma oportunidade de desfrutar momentos de comunhão com os irmãos, intensificar minha fé, crescer espiritualmente e criar novos laços de amizades. Ainda que o plano original não pudesse ser concretizado, fiquei feliz pelo simples fato do Retiro não ter sido cancelado. 

O descontentamento de muitos era bastante claro. E embora o clima pessimista fosse contagioso, o tema “firmados na rocha” não permitiu que as coisas fossem por água abaixo. A Igreja se reergueu, os irmãos se reorganizaram e fizeram deste Retiro um evento que ultrapassou várias expectativas. 

Participar de um Retiro é uma experiência muito mais profunda do que cantar louvores e prestar atenção em pregações. Firmar-se na rocha é uma tarefa individual, um exercício de conscientização, mas também depende bastante da união, do convívio coletivo. Aprendi que se manter firme na rocha vai muito além de jogos de tabuleiro, partidas de dominó ou duelos de Uno; é muito mais do que histórias mal-assombradas contadas ao apagar das luzes, de refeições realizadas no meio da madrugada, de colchões secados na surdina, de objetos desaparecendo misteriosamente, de palavras não proferidas.

Construir um alicerce na rocha é observar os irmãos, mesmo que descontentes, esforçarem-se para transformar o Retiro em um evento digno da glória do Pai e a partir disto buscar motivação para sua vida pessoal. É perceber que o Senhor tem um plano e, ainda que às vezes não pareça claro, sentir que tudo que vem Dele tem um propósito e um significado. É consolidar novas alianças e continuar semeando as antigas, sabendo que os irmãos estão te aceitando da maneira que você é. É deixar que as lágrimas escorram livremente pela sua face ao escutar a Palavra de Deus e descobrir que pode encontrar auxílio em um ombro amigo. É sentir-se reconfortado ao escutar: “Bem-vindo à Rocha”. 

São essas pequenas trivialidades, as nuances do cotidiano, que fazem a diferença e permitem que a fé seja o escudo da rocha. A união, mais uma vez, provou sua força e por meio dela restauramos a ordem quando tudo estava entregue ao caos. Não deixamos nossas orações serem infiltradas por pensamentos negativos e pérfidos. O Senhor Deus, como sempre, estendeu sua mão aos necessitados. E nós, a Aliança infinita, inquebrável e eterna, pudemos reconhecer que vivendo em amor e unidos em Cristo, somos mais fortes que qualquer exército já visto. Porque nós, indiscutivelmente, somos UM. 

Um comentário:

  1. A palavra "discípulo" significa "aprendiz". Uma das melhores forma de aprender é observar e ouvir. Percebo essas atitudes ao ler o texto "O olhar de um novo convertido", ao mesmo tempo em que me recordo do surpreendente e BOM Retiro que vivenciamos este ano.

    Deus abençoe.

    Luiz LF Neto

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